Segundo dr. Renan Botelho, para um emagrecimento sustentável, os hormônios precisam estar regulados

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Para se entender como os hormônios impactam no emagrecimento, é preciso entender primeiro o que são os hormônios e como eles trabalham no corpo. Os hormônios são moléculas produzidas pelo sistema endócrino – responsável pelo crescimento, desenvolvimento e reprodução – eles mandam mensagens a várias partes do corpo e ajudam a regular processos importantes do corpo como fome, pressão sanguínea e libido.
Os hormônios são essenciais para a reprodução e manutenção dos sistemas do corpo, uma vez que somos um aglomerado de hormônios em movimento. Os principais hormônios relacionados ao emagrecimento na mulher são a insulina produzida pelo pâncreas; T4 e T3, que são os hormônios da tireoide; o cortisol (hormônio do estresse) produzido pela adrenal; os hormônios relacionados ao sono como GH, melatonina; hormônios sexuais, cortisol, serotonina, hormônio produzido no intestino, e a grelina e a leptina, que são hormônios relacionados à saciedade e a fome.

Ocorre que, durante o sono, regulamos diversos hormônios como os sexuais, testosterona e GH, que são hormônios fundamentais para o metabolismo e ainda, o mal funcionamento do intestino pode impactar no emagrecimento e na produção de serotonina, que é o hormônio da felicidade. Por esse motivo, muitas pessoas têm compulsão alimentar devido ao mau funcionamento do intestino, uma vez que, se o intestino fica muito preso ou muito solto, a serotonina – que é o hormônio da felicidade – não é produzida, o corpo vai buscar uma outra forma de prazer, que é a comida, para compensar.

Quando a insulina está muito alta, ela estimula a proliferação de células de gordura, sendo que esse hormônio aumenta com consumo dos carboidratos ruins como açúcares, massas, pães e biscoitos. Quando o cortisol, que é o hormônio do stress está muito alto ou muito baixo, o metabolismo cai, porém, o metabolismo precisa estar regulado: nem alto demais e nem baixo demais, para evitar fadiga, cansaço, compulsão e stress. Então, quando o intestino não funciona bem, o principal sintoma é a irritabilidade e a falta de ânimo.

Com uma noite de sono sem qualidade, o cortisol fica baixo, uma vez que ele é regulado durante o ciclo do sono, o que reflete em um efeito dominó: a libido sexual cai, aumenta a ansiedade, a compulsão, a fadiga e piora consideravelmente a memória.

Para saber se os hormônios estão alterados, é preciso observar alguns fatores como manchas escuras na região da virilha e axila, o que normalmente é causado pelo processo de resistência à insulina, o que ocorre no consumo exagerado do carboidrato ruim, no ganho de peso, e sobretudo, durante o efeito sanfona, que potencializa a resistência insulínica, e que poderá evoluir para um quadro de diabetes.

Já os sintomas de tireóide desregulada são observados com a queda exagerada de cabelos, unhas fracas, mãos e pés gelados, cansaço extremo, fadiga, ganho de peso e pele seca. Os sintomas de cortisol alterados são a alteração de humor, cansaço excessivo, sono ruim, aquele em que por mais que se durma, não chega a ser reparador, ou aquele em que se acorda diversas vezes durante a noite ou ainda, aquele em que se encontram dificuldade em iniciar e por último, o intestino ruim, quando é solto ou preso demais.

Diante de todos os sintomas, ainda é possível confirmar as alterações hormonais através de exames de sangue pelo TSH, T3 livre, T4 livre, pela saliva do cortisol, pela dosagem de insulina no sangue e pela observação do intestino.

Alguns desses hormônios podem ser controlados pela mudança de hábitos na alimentação, entretanto, a depender do estágio em que se encontra, é necessário realizar o tratamento da base hormonal metabólica, a exemplo das alunas do médico Renan Botelho, que desenvolveu um método exclusivo que já atendeu mais de 14 mil mulheres no mundo, o ‘PEF 360’, que consiste em aulas em uma plataforma online que explica tudo sobre o corpo, alimentos e como mudar a mentalidade para emagrecer e não voltar a engordar novamente, o que é considerado o emagrecimento sustentável.

O médico explica que “avalia toda a base hormonal metabólica dos hormônios relacionados ao emagrecimento e que trata pontualmente para ter um emagrecimento acelerado, conseguindo que suas alunas emagreçam até 20 quilos em até 45 dias, cuidando da causa raiz do problema do sobrepeso”, pontua.

Além disso, o dr. Renan Botelho explica que “o cortisol é o hormônio do stress, e que se estiver muito baixo, o metabolismo cai e o emagrecimento fica mais difícil. Por outro lado, se o cortisol estiver muito alto, a paciente engorda sem necessariamente precisar se alimentar, porque acontecem diversos processos bioquímicos no corpo com o cortisol alto, em que a insulina aumenta como consequência, e com o aumento da insulina, a gordura corporal também aumenta”.

De acordo com o médico, a boa notícia é que “não há limites de idade para que o emagrecimento baseado nos hormônios ocorra, inclusive, no período da pré-menopausa, menopausa ou durante o consumo de medicamento à base de hormônios ou anticoncepcionais, desde que cuide da base hormonal metabólica. Para isso, é essencial realizar a análise dessa base e lançar mão de uma alimentação adequada”, afirma o especialista.

“Fazer uma análise completa da base hormonal metabólica aliada a mudança de mentalidade e a mudança de alimentação como é aplicado nas minhas alunas do PEF 360, que é o meu programa de emagrecimento feminino 360 graus, nós conseguimos restaurar a saúde dessas mulheres e corrigir esses hormônios para que o emagrecimento aconteça. Porque o emagrecimento sustentável e contínuo só acontece se os hormônios forem totalmente regulados e otimizados”, explica o médico.

“Hoje eu tenho mais de 14 mil alunas. Dessas 14 mil alunas, 92% apresentam resistência insulínica, 67% apresenta disfunção da tireóide, cerca de 80% tem alguma queixa com sono e cerca de 75% alguma queixa relacionada a níveis de cortisol. Quando se pega esses dados, se observa que são dados alarmantes, visto que são uma amostra que provavelmente reflete estatisticamente a população de mulheres obesas do país”, alerta o Dr. Renan.

Segundo o especialista, é possível começar o tratamento com atitudes simples e eficazes. “Para controlar a resistência insulínica, é feita com a substituição dos carboidratos ruins (simples) pelos carboidratos complexos, como por exemplo, substituir o arroz branco pela mandioca, o pão francês feito com farinha branca por farinha de aveia, que são carboidratos melhores, mais ricos em fibras. A melhora da qualidade do sono pode ser alcançada com a mudança de hábitos: suspendendo o uso do celular, inserindo a leitura de livros físicos antes de dormir, tomando banho quente, fazendo técnicas de respiração. Já os níveis de cortisol podem ser controlados inicialmente melhorando a qualidade do sono, porque o cortisol tende a melhorar como consequência. Para melhorar o intestino, é necessário introduzir fibras, e o psyllium é uma excelente alternativa. Uma colher de sopa diluída em um copo de água por dia auxilia muito, e por fim, consumir bastante água”, encerra Botelho.

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