A economia despenca

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A semana começou, com tensionamento para o governo federal no que se refere, a alta dos combustíveis, a pressão para que a Petrobrás abaixe o preço e por consequência a taxação, é um assunto discutido nos bastidores, desde o palácio do planalto até a mesa diretora da estatal.

Na última terça-feira (02), a Petrobras informou que quatro membros do conselho de Administração, que foram indicados pelo acionista controlador, (governo federal) solicitaram sua (não) recondução aos seus cargos, o que viria a acontecer na próxima votação de um novo colegiado.

O nome dos conselheiros são:

Omar Carneiro da Cunha, a sua afirmação foi que não se sentiu confortável a ser reconduzido ao cargo em decorrência de acontecimentos de mudanças relevantes, como a alteração da Administração da Petrobras. Cunha ainda releva, a insatisfação com a decisão do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de realizar a troca por Joaquim Silva e Luna.

João Cox Neto e Nívio Ziviani em suas decisões, pediram para não serem reconduzidos devidos a questões de cunha pessoal.

Paulo Cesar de Souza e Silva, agradeceu seu mandato e elucidou em sua manifestação que tem preferência em não renovar.

Poderíamos dizer ser conflito de agência? O governo deve avaliar bem, seus aliados a (não) recondução é uma sinalização de que não concordam com a forma com que o governo faz política.

Notícias como essa, chegam para modificar o mercado financeiro e tem um efeito Top Down em ações no mercado, o que traz incertezas ao investidor, que por consequência já sente o peso da intervenção do governo e reduz sua participação em adquirir títulos da estatal.

Na última matéria, de domingo dia (26), relatamos a recuperação do mercado por si só, porém; as ações da estatal voltaram a cair o que tem afetado a própria bolsa no sentindo de puxar para baixo, o resultado positivo ontem, (03) a bolsa fechou com ligeira queda de 0,32% esse resultado obviamente não se traduz apenas a questões relacionadas a estatal, mais também a votação da PEC Emergencial que provocaram tensão entre investidores.

Perda de Credibilidade 

Em uma das matérias que redigi aqui, no Matéria Livre, falo um pouco sobre governança corporativa e compliance confira, “O Stakeholders do Governo Federal e a Alta dos Combustíveis”, esse é um momento ruim para o Brasil, a Pec da Imunidade segundo diversos Juristas, Senadores da República e Deputados Federais, é uma forma de blindar o parlamentar que de alguma forma venha cometer ilicitudes durante o seu mandato, ainda não se sabe ao certo o conteúdo do texto da Pec, pois as alterações do texto são frequentes, isso traz incerteza ao mercado devido não saber ao certo o que será votado, muda quase que constantemente.

A perda de credibilidade do Brasil, advém devido ao que chamamos de governança corporativa, Lei nº 13.303/16 juntamente com a Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção) figuram como as principais leis que conseguem condenar crimes de colarinho branco, vinculando-as com a lei da ficha limpa, foi assim que tudo começou, a exemplo disto o mensalão e com a lava jato, a governança corporativa passou a ganhar força com essa estruturação, que foi seu arcabouço.

A governança no Brasil é um espelhamento da lei Sarbanes-Oxley e foi aprovada em 2002, pelo congresso americano o famoso caso SOX que deu origem a uma ampla investigação de corrupção para proteger investidores e stakeholders, escândalos envolvendo a Xerox e a Enron.

Na América, essa lei é uma referência para uma gestão com boas práticas de governança e compliance o que dá mais credibilidade a agentes públicos e privados.

Por esta razão, o medo de investidores investirem no Brasil, que estava avançando na repressão ao crime organizado e as leis anticorrupção o famoso crime de colarinho branco, porém, houve retrocessos na democracia o que tem impedido uma melhor distribuição do poder a outras instâncias e órgãos da república.

A economia, já vem cambaliando não é de hoje, o momento é de estagnação, tivemos um despencar do Pib em 4,1%, algo histórico desde 1996 ano em que IBGE passou a realizar os estudos.

A inflação está contida, porém; ainda alto, o dólar teve leve queda na última terça feira, fechando com 5,70, diga-se de passagem, após o banco central realizar sua maior venda de moedas à vista para frear a moeda americana.

Com a queda da bolsa no dia de ontem (03), a moeda americana fechou em 5,664 uma queda de 0,03%.

Os supermercados estão super-inflacionados, não que isso signifique um erro estratégico da economia do governo, mais devido a pandemia, a demanda e a oferta e diversos fatores de incertezas como também cartéis de fornecedores essa “inflação”, continua flutuante e variante, isso é uma única demonstração.

A economia despenca.

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