Ame seu corpo, inclusive sua vagina

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Por que ainda sentimos que, falar sobre temas como o corpo da mulher, a menstruação e sua sexualidade pode atrair consequências catastróficas?

Quando os seios vão tomando formas, os pelos pubianos surgindo, o amadurecimento do útero e a menarca, a primeira menstruação, e com ela também a chegada dos primeiros tabus da vagina e a relação da mulher com o seu corpo. 

A intimidade feminina é o caminho para a iluminação, como é para os praticantes do Tranta? Ou será um órgão cujas reações separam as mulheres das meninas, como acredita Sigmund Freud? É um teste para a maturidade feminina e sua sexualidade? 

Imagem fonte: Google

Quando se fala sexualidade feminina, parece que estamos num confessionário por trazer temas comuns da sociedade, sem um pingo de vergonha.  O corpo feminino foi sendo domesticado, docilizado e  submissa, mesmo com a conquista de muitos direitos, como o voto.   

A artista visual Juliana Notori trabalhou em torno de uma escultura de 33 metros  de altura em formato de vulva, gerou polêmica internacionalmente.  A obra chamada de “Diva”, fica na Usina de Arte de Água Preta, na Zona da Mata de Pernambuco. 

Imagem fonte: Google / Escultura de 33 metros em formato de vulva

 Muitas mulheres, hoje, sentem sua sexualidade distinta do seu caráter 

Somos  incapazes de falar sobre nossa feminilidade sem ter receio, pelo contexto histórico, cultural e social que nos leva a uma sensação de culpa constante. Tudo isso cria uma barreira para as mesmas, se amarem, inclusive a sua vagina.

Segundo a jornalista e escrito Naomi Wolf em seu livro “A vagina, uma biografia”, publicado em 2012, agredir a vagina verbalmente é uma forma socialmente aceitável de insultar e atingir o cérebro feminino. Para ela, nossa baixa autoestima se origina na censura que se aplica tanto à palavra, quanto ao órgão que ela representa é sintomática de medo generalizado.

A sexualidade feminina é algo muito maior e distinto de um “pequeno órgão” sexual e como qualquer cultura trata vulva da mulher.

Imagem fonte: Google

Cada uma tem inúmeras formas e nenhuma é igual a outra, não existe nenhum problema ou padrão. A vagina não é apenas para reprodução, ela é parte do corpo que nos traz vida, celebra o nascimento e é a sexualidade ligada a plenitude de se sentir mulher.

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