Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Museu das Culturas Indígenas realiza oficina de Huka-Huka, dos povos do Parque Indígena do Xingu, no Parque da Água Branca (SP)
Tempo de leitura: 2 Minutes

(O esporte é parte do cotidiano das comunidades que habitam o Parque do Xingu. Foto: divulgçaão)

Vivência conduzida por mestre de saberes Kawakani Mehinako valoriza tradição ancestral dos povos do Xingu; os ingressos estão disponíveis no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Com o intuito de difundir saberes de indígenas e valorizar práticas culturais ancestrais, o Museu das Culturas Indígenas (MCI), em parceria com o Parque da Água Branca, realizará a oficina de Huka-Huka, uma vivência prática e imersiva sobre a luta tradicional dos povos do Parque Indígena do Xingu, em 12 de abril (sábado), às 10h. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

A oficina oferecerá ao público a oportunidade de conhecer a prática ancestral, suas simbologias, técnicas e representatividade. Além das demonstrações práticas, os participantes terão contato com os elementos rituais que compõem o universo da Huka-Huka, como os adornos e pinturas corporais, “colorimos o corpo para proteger quem vai lutar. É um momento muito especial”, destaca Kawani Mehinako, mestre de saberes do Museu das Culturas Indígenas.

A luta Huka-Huka (“Kapim”, na língua materna Aruak) arte marcial indígena genuinamente brasileira, integra o cotidiano e os rituais das comunidades xinguanas, com destaque para o uso no encerramento do Kuarup, ritual fúnebre que celebra a memória de importantes membros das aldeias, um ano após o falecimento. Com enfeites de linha, plumas, miçangas e o corpo pintado com jenipapo e urucum, os guerreiros são convocados pelo “dono da luta”, figura central que anuncia o início dos combates.

Mais do que uma disputa física, a Huka-Huka é um ritual de preparação corporal e espiritual. Antes do embate, os lutadores passam por banhos de ervas, jejum, ingestão de chás purificadores e são submetidos a restrições como a proibição do sono, “tudo para purificar o corpo e a mente antes da luta,” afirma Kawakani. Segundo ela, a prática envolve respeito, cuidado e troca de energia: “para os homens, a luta tem um peso espiritual muito importante. É uma forma de renovação corporal e troca de energia com outras pessoas.”

Com os corpos preparados e o espírito fortalecido, os guerreiros se enfrentam em uma roda, em que o combate se inicia com o olhar e evolui para o confronto físico, onde o objetivo é derrubar o oponente — o toque nas costas ou na parte inferior do joelho define o fim da luta, sem a necessidade de árbitros: os próprios participantes reconhecem o desfecho com honra e respeito mútuo.

Apesar de tradicionalmente masculina, a prática também envolve mulheres e crianças, a fim de reforçar a transmissão intergeracional da cultura xinguana. “Para as mulheres, às vezes, é pura diversão. Os movimentos provocam risos, o que mostra ser mais leve para gente. Já para os homens, tem um valor forte e simbólico. Mas todo mundo pode participar — a partir dos 13 anos até uns 50.”, afirma Kawakani.

SERVIÇO

Oficina de Huka-Huka – Luta Mehinako

Data e horário: 12/04/2025, das 10h às 12h

Retira de ingressos gratuitos no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/