Slow Living e minimalismo

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Slow Living e minimalismo, na nossa era baseada em consumismo, tem se tornado cada vez mais um estilo de vida para muitas pessoas.

O consumo é uma atividade económica que consiste na utilização, destruição ou aquisição de bens ou serviços. Mas essa definição aurelica e administrativa/economista tomaram outras formas e caminhos nos dias atuais. A onda de consumismo é muito presente em sociedades modernas capitalistas e tem se mostrado um reflexo da globalização e da mídia.

Com isso surgiram algumas alternativas práticas e versáteis para quem deseja fugir dos padrões atuais do consumismo impulsivo e de caráter midiático.

Umas delas é o Slow Living (A vida lenta) é um estilo de vida que enfatiza uma abordagem mais lenta dos aspectos da vida cotidiana. É definido como movimento ou ação em um ritmo relaxado ou vagaroso. Tudo começou na Itália com o movimento slow food, que enfatiza as técnicas tradicionais de produção de alimentos em resposta ao surgimento do fast food durante as décadas de 1980 e 1990. A vida lenta também incorpora dinheiro lento e cidades lentas.

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Outra alternativa é o minimalismo. A palavra minimalismo se refere a uma série de movimentos artísticos, culturais e científicos que percorreram diversos momentos do século XX e preocuparam-se em fazer uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão. E hoje é a arte de simplificar a vida eliminando os excessos e mantendo apenas o que é essencial. É um desejo de viver com menos.

Para nós ajudar nesse bate papo eu convidei a criadora de conteúdo digital Larissa Bueno.

Reprodução/Larissa Bueno

Para nós ajudar nesse bate papo eu convidei a criadora de conteúdo digital Larissa Bueno.

R: Bom, eu sou a Larissa Bueno, mais conhecida como Lari aqui na internet e também fora dela rs, tenho 21 anos, sou cristã, noiva e amo muito escrever. Tudo começou quando aos 14 anos comecei a gravar videos para o youtube compartilhando sobre minha festa de quinze anos, um tempinho passou e eu acabei excluindo os videos, e mudei o nicho para a música, gravando covers, desde então nao parei, e no meio nessa jornada de gravar videos, surgiua ideia de criar um blog para expor os meus pensamentos, até então guardados para mim mesma e as vezes compartilhados no instagram. E me encontrei ainda mais na escrita ao ver que muitas pessoas estão sendo alcançadas por aquilo que escrevo.

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Um dos desafios de quem deseja ter uma vida mais desconectada da internet, é manter o equilíbrio entre as redes sociais. Você acredita que isso é possível? E como funcionária?

R: Acredito demais! Vivenciei muito isso no ano passado, em que fiquei ausente das redes sociais por 6 meses, acredito que a chave é viver os momentos com exatidão. Queremos postar tudo, mostrar tudo, e na verdade nao precisamos fazer isso. Registrar é bom, mas vivenciar é melhor ainda. Quando estou entre amigos/família para interagir, deixo o celular de lado, porque nada deve ser mais importante no momento do que a presença deles. Então assim, para ter esse equilíbrio devemos colocar em primeiro lugar viver tais momentos sem distração, usar as redes só para registrar e logo esquecê-las para nao nos perdermos no feed alheio e deixar de viver esses momentos em plenitude.

Seu trabalho trás muito sobre positividade, como você entende que isso pode colaborar para o desenvolvimento pessoal das pessoas que te acompanham?

R: As vezes tudo o que falta para uma pessoa seguir os sonhos ou buscar melhorar cada vez mais é um incentivo, sem críticas e sem comparação e é o que tento expressar em palavras quando escrevo sobre determinados assuntos levando sempre para o lado positivo. Nem sempre as pessoas mais próximas de nós irão falar coisas para nos animar e nos esforçar mais, e embora não conheço todo mundo, quero incentivar sem querer nada em troca, apenas incentivar da melhor forma que conseguir. Tem funcionado rs.

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O que podemos apreender e desenvolver, com a quarentena?

R: Na minha opinião a maior lição que podemos tirar dessa quarentena é que nao estamos no controle de absolutamente nada, mas ainda que as coisas fogem do nosso controle, percebo que temos cada vez mais tempo, com os lugares de distração fechados, podemos desenvolver nossas habilidades novos hobbies, habitos e até mesmo mudar ou evoluir nossas atitudes que nem sempre são tao boas para com os outros, melhorando cada vez mais nosso desenvolvimento pessoal.

Estamos vivendo momentos de muita dor, e desgaste emocional, na sua opinião qual seria o papel da fé nisso tudo, e qual o primeiro passo para desenvolve-la?

R: Enxergar aquilo que com os nossos olhos naturais nao conseguimos enxergar e manter acesa dentro de nós a chama da Esperança, que inclusive é algo que tenho compartilhado bastante nesses dias.  Acredito que depositar tudo em Deus é fundamental nesse processo. As vezes pode parecer que ele está aquém de tudo o que está acontecendo mas nao está.  Por isso buscar estar mais perto dEle, orando, meditando na palavra, pode fortalecer a nossa fé.

Slow Live é um terno inglês que traduzido ao literal significava vida mais lenta. Os adeptos iniciantes dessa filosofia, tem dificuldades pois não sabem por onde começar. O que você sugere em relação a isso?

R: Pensar quais são as coisas que mais trazem peso e carga não essencial para a vida de cada um e começar a trazer mais leveza sobre isso, seja tirando completamente ou amenizando essa carga tão pesada, que muita das vezes podem ser os nossos próprios pensamentos, e coisas que acabamos enxendo a cabeça diariamente sem necessidade. Filtrar tudo isso pode ser um começo magnifico.

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Como o minimalismo começou na sua vida?Qual a importância dessa filosofia para você? E para quem deseja começar, quais são as dicas que você pode nos dá?

R: Depois dequase 3 meses fora de casa com basicamente tudo dentro de duas malas. Percebi que com o minimalismo eu descobri que na verdade nao preciso de muita coisa para sobreviver. O mínimo é suficiente. Carregar menos coisas e ainda sim se satisfazer com isso. As dicas são: minimize as suas opções aos poucos, saiba quais sao as coisas que você realmente não vive sem, aproveite para se reinventar, seja nos looks, na maquiagem, na decoração  e ate mesmo na comida. Funciona.

•E para terminar qual mensagem você pode deixar hoje para as pessoas que convivem com o luto e as sequelas do isolamento social?

Como diz o Marcos Almeida: Toda dor é por enquanto. Embora pareça que Deus te esqueceu, ele não fez isso. Ele pode te trazer consolo, e transformar o seu sofrimento em cura para outras pessoas. É através das nossas feridas que pessoas são curadas, sei que é difícil enxergar assim, mas saiba que através do seu testemunho pessoas podem ser alcançadas e transformadas. Um dia, nos encontraremos todos juntos. Tenha certeza disso.  Não ande sozinha(o) por mais que precisamos manter o distanciamento e isolamento, tenha pessoas ao seu redor, seja através das redes sociais ou por ligações que podem estar presentes com você mesmo que virtualmente falando. Precisamos uns dos outros para mantermos bem, lembre-se disso.

Reprodução/Larrisa Bueno

Redes da Lari:
Instagram: @larissabuenoc
Youtube: Larissa Bueno
Blog: www.larissabueno.com

“O minimalismo não é a liberdade dos bens materiais, mas sim, o fim da necessidade das coisas desnecessárias” -Portella, Gio

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