63% da geração z sentem sua autovalorização diminuir

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A tecnologia é importante para muitas coisas, mas tem os seus contras. Em uma pesquisa realizada pela Getty Images, em parceria com a YouGov, quatro em cada dez pessoas da América do Sul acreditam que já tiveram algum relacionamento afetado pela meio. Além disso, 47% desses entrevistados sentem que suas vidas são bem menos interessantes que de outras pessoas, em sua maioria os jovens.

Sobre os Baby Boomers – nascidos entre 1946 – 1964 – 30% responderam que sentem a autovalorização da própria vida diminuir em comparação com a de terceiros ao usar mídias sociais. Os dados aumentam para 40% na Geração X – 1961 – 1981 -, 55% nos Millennials – 1981 – 1996 – e 63% na Geração Z – 1997 – 2012.

Isso gera atenção do crescimento de tempo gasto nas redes. Dos entrevistados 35% dizem utilizar dispositivos de tecnologia para se lembrar de desconectar e diminuir o tempo de utilização.

Apesar dos contras, o lado positivo também foi abordado. Segundo a pesquisa, 91% dos entrevistados na América do Sul acham que ter um celular ajuda a ficar conectado com o que acontece no mundo.

Ainda na região, 86% acreditam que a realidade virtual abre portas para experiências que não seriam possíveis de outra forma, enquanto 86% disseram que a tecnologia ajuda a se conectar a pessoas com quem se importam.

Os dados foram obtidos em pesquisa realizada com mais de 10 mil consumidores e profissionais, sendo 1.555 da América do Sul. Os temas abordados foram tecnologia, sustentabilidade e bem-estar.

Inteligencia artificial e segurança

Dados do Visual GPS mostram que os sul-americanos são menos preocupados em relação à inteligência artificial. Apenas 28% ficam nervosos com o tema. Já na Ásia e Pacífico, são 39%, enquanto o número cresce para 42% na Europa e para 54% na América do Norte.

A região também é a que menos se preocupa com uma potencial grande falha de segurança que cause exposição de dados ou cyber-ataque no País. São 63% contra 68% na Europa, 73% na Ásia e Pacífico e 76% na América do Norte.

Na América do Sul, porém, 95% acreditam que as empresas têm de provar que estão comprometidas com a proteção da privacidade e dados do usuário. O numero é maior que o registrado na Europa, com 85%, Ásia e Pacífico, com 88%, e América do Norte, com 89%.

Sustentabilidade

Os dados revelam que a preocupação dos habitantes da América Latina em relação ao meio-ambiente são maiores que os de outras regiões do planeta. De acordo com o relatório, 97% dos sul-americanos acreditam que o jeito que o planeta é tratado hoje terá grandes impactos no futuro. O número é o maior das quatro regiões pesquisadas, sendo que a América do Norte, com 88%, tem os menores.

As regiões mantêm a relação de maior e menor porcentagem em preocupação com os oceanos, 93% contra 84%, e preocupação com a poluição do ar, 94% contra 77%. Na preocupação com a qualidade da água, a América do Sul também lidera, com 95%. A Europa registra 69%, o menor número.

Em ações sustentáveis, a América do Sul tem o maior número de pessoas que dizem tentar reduzir a utilização de plásticos, 86%. A região fica em segundo em pessoas que buscam sempre reciclar, com 75% frente os 81% da Europa, e que visam reduzir a sua emissão de carbono, com 68% contra os 72% da Ásia e Pacífico.

Ainda na região, 58% disseram que só compram produtos de marcas que se esforçam para ser mais sustentáveis, enquanto 49% admitem que deveriam ligar mais para o meio-ambiente, mas colocam a conveniência própria em primeiro lugar.

Bem-estar

Nas perguntas relacionadas ao bem-estar, a pesquisa aponta que os sul-americanos mostram foco em cuidar de si próprios mentalmente e procurar maneiras de celebrar os bons acontecimentos da vida. As duas categorias registraram 94%. Achar importante falar sobre saúde mental obteve o mesmo número.

As atividades preferidas para manter o bem-estar, segundo dados do Visual GPS, são reunir-se com amigos e familiares, 78%, praticar esportes ou exercícios, 64% e comer de forma saudável, 58%. Já nos fatores que mais irritam os moradores da região estão falta de honestidade, 59%, falta de igualdade, 53% e falta de paz e de preocupação com o meio ambiente, ambos com 45%.

Realidade

Em outra categoria da pesquisa, realismo, os sul-americanos registraram 84% de participação em causas que promovem mudanças, enquanto 57% fizeram um post em prol de uma causa em redes sociais e 53% fizeram uma doação financeira para uma causa.

Dois em cada dez na região boicotaram uma marca que foi contra os seus valores, e 39% disseram que passaram a comprar produtos de uma marca que apoia uma causa em que acreditam.

Em outra descoberta dessa categoria, oito em cada dez sul-americanos querem saber o que se passa nos bastidores do processo de criação de um produto, um número maior do que as outras quatro regiões pesquisadas.

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