No Hospital Espanhol, pacientes internadas que são mães receberam visitas dos filhos ao ar livre
O Dia das Mães começou a ser comemorado no Hospital Espanhol (HE), dois dias antes da data oficial. A sessão de musicoterapia na última sexta-feira(12), para algumas pacientes que são mães, que estão na fase final dos seus tratamentos, em condições de se afastarem do leito por um tempo e já recuperadas da Covid, foi diferente e muito especial. Ao ar livre, de frente para o mar e na companhia dos seus filhos!
O Hospital continua a funcionar como um Centro de Tratamento para Covid e hoje dispõe de 80 leitos ativos – sendo 40 de UTI e 40 de Enfermaria. A sua média móvel de ocupação está em torno de 50%, nos últimos meses. A realização de ações humanizadas para pacientes e colaboradores é uma das características do HE, seguindo a linha de trabalho do INST – Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde, responsável pela sua gestão.
A dona de casa Eliene Souza da Paixão, 63 anos, moradora de Salvador, está internada no Hospital Espanhol, há um mês. Foi quando tinha visto seu filho de criação, o sobrinho Magno Vinícius da Paixão, 29 anos, pela última vez. “A gente se fala por videochamada todos os dias, mas para ver mesmo de perto, hoje é a primeira vez, desde que ela foi internada aqui. Quando a equipe do Hospital ligou, me convidando para esta visita, eu fiquei tão feliz e ansioso que não consegui mais dormir direito, esperando por este momento. Nós só temos a agradecer” – declarou o filho de Dona Eliene.
A equipe multiprofissional de saúde do HE, alinhada à Equipe de Humanização, mobilizou-se para realizar as visitas, envolvendo as áreas de Serviço Social, Psicologia, Enfermagem, Nutrição e Médica. A psicóloga Larissa Lemos ressaltou o cuidado necessário para a realização das visitas, feitas dentro do controle e rigor dos protocolos hospitalares, além da importância delas para o quadro geral de saúde das pacientes. “Elas estão passando por um tempo mais longo de confinamento no Hospital, distante da rede de apoio familiar, das suas rotinas e dos seus ambientes domésticos. Isto pode apresentar rebaixamento do humor e gerar ansiedade, interferindo no processo do tratamento. E para os filhos que até então só tinham contatos digitais com as pacientes, puderam estar na presença, na conversa ‘olho no olho’, trazendo maior tranquilidade a todos. Esperamos que estas visitas possam ocorrer com mais frequência, independente das datas, beneficiando um maior número de pacientes e familiares, sempre dentro dos cuidados necessários” – explicou a psicóloga.
“Eu amei ter meus filhos de volta, aqui comigo!” – foi a única frase que a paciente Cleones Santos, 67 anos, dona de casa, residente em Salvador, conseguiu expressar para a gente, entre lágrimas de emoção positiva, enquanto estava envolvida nos abraços do seu casal de filhos. Ela ainda depende do cilindro de oxigênio ao seu lado, para manter a respiração confortável. A equipe de Enfermagem manteve-se atenta à paciente e a equipe de Comunicação manteve-se mais distante, respeitando o momento da família e a emotividade justa e compreensível de Dona Cleones.
Os filhos que estiveram no Hospital Espanhol, fizeram questão de fazer videochamadas para outros membros das suas famílias, durante a visita presencial, demonstrando a vontade e a importância para eles de compartilharem o momento de amor, atenção e gratidão
junto às suas mães.
A visita foi autorizada por uma hora, com os devidos cuidados de paramentação e higienização. E a emoção tomou conta da tarde maternal no Hospital!“`