Especialista em Cannabis Defende Uso da Planta para Aliviar Dor da Fibromialgia
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A fibromialgia, uma síndrome complexa caracterizada por dor crônica, afeta famosos como Lady Gaga, Morgan Freeman e a cantora Anitta. A doença atinge entre 2 e 4% da população mundial, e, no Brasil, estima-se que entre 3 a 6 milhões de pessoas convivam com essa condição, predominantemente mulheres entre 30 e 55 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (2022). Para muitos desses pacientes, as terapias convencionais não são suficientes para aliviar o sofrimento. Frente a essa realidade, a especialista em Cannabis e dor crônica, Ana Paula Garcia, defende o uso de produtos derivados da planta como uma alternativa viável e segura.

“Quando falamos de fibromialgia, estamos lidando com um tipo de dor de difícil controle, que afeta não apenas o corpo, mas também o bem-estar psicológico e social do paciente”, explica Ana Paula. “O uso da Cannabis vem sendo estudado com muito cuidado e oferece uma nova perspectiva, pois muitos dos compostos da planta atuam diretamente nos receptores endocanabinoides, que têm um papel essencial na modulação da dor e na resposta ao estresse.”

Garcia ressalta que, embora a Cannabis ainda seja tema de debate, suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas podem proporcionar alívio significativo para pacientes com fibromialgia. “É claro que não estamos falando de uma cura, mas sim de um manejo mais eficaz e menos agressivo ao organismo. O importante é que o paciente tenha acesso a uma alternativa que, comprovadamente, tem trazido resultados no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida”, afirma.

A especialista destaca ainda que o uso de Cannabis medicinal no Brasil ainda enfrenta barreiras, principalmente por questões regulatórias e de acesso. “É essencial que o Brasil avance na regulamentação do uso medicinal da Cannabis, para que mais pacientes possam se beneficiar. Hoje, muitos precisam importar os produtos, o que encarece o tratamento e limita o acesso de quem realmente precisa. Isso precisa mudar para que os pacientes possam ter um tratamento humanizado e acessível”, conclui.