Toulouse-Lautrec – A beleza boêmia parisiense

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A lavadeira/Divulgação

Henri de Toulouse-Lautrec morreu em 9 de Setembro de 1901, aos 36 anos de idade incompreendido. Os necrológicos da época repercutiram pontos clichês moralistas que já haviam se espalhado em sua época em torno de sua figura e de sua obra:

 “Ser bizarro e deformado que vê tudo através das suas deficiências físicas”
-Atacou o periódico Lyon Républicain.

Fotografia de Toulouse-Lautrec/Divulgação

“Como existem os apaixonados por corrida, por execuções em praça pública, ou por espetáculos, existem também os apaixonados por Lautrec. É uma dádiva para humanidade que existam poucos artistas desse gênero.

J. Roques – Le Courrier Français

Obra: In bad/Divulgação

Em 1882 aos 18 anos, Lautrec se estabelece em Montmartre, rompendo ao mesmo tempo as ligações umbilicais que mantinha com a mãe e com o mundo de fartura e luxo de sua pré-adolescência. Se mesclou em um ambiente de atmosfera pitoresca e se tornou um de seus personagens mais conhecidos. O bairro era sobretudo uma espécie de canteiro de obras da vida moderna e da nova indústria da diversão.

Cartaz litográfico do Moulin Rouge/Divulgação

Toulouse-Lautrec é considerado pela crítica um dos maiores gênios da litografia a cores junto a Jules Chéret, ele revolucionou essa arte com a concisão de sua linguagem, o layout Arrojado e a clareza cromática, abrindo caminho para a nascente comunicação de massa.

Moulin Rouge/Divulgação

Em 1901, fechando uma década de intensa atividade, de uma produção variada e quantitativamente relevante, os admiradores da obra de Lautrec poderiam ser contados nos dedos de uma mão. Poucos críticos souberam apreciar a sua capacidade analítica e suas figuras exuberantes, sempre tangenciando o grotesco. As exposições em que suas obras foram exibidas para além dos muros de Montmartre, foram raras e circunscritas ao círculo de amizade do pintor.

Toliett/Divulgação

As mulheres

Elles, álbum com dez litografias coloridas, impresso em 1896, é a suprema homenagem de Toulouse-Lautrec ao mundo feminino, a qual reservara, desde os primeiros retratos de sua mãe, uma partícula atenção. Elles também é também a demonstração do perfeito domínio das técnicas litográficas adquirido pelo artista em apenas cinco anos. A crítica quase unanimemente chega colocar a qualidade de suas obras litográficas acima de suas pinturas.

Uma das obras intitulada: Elles/Divulgação

Um grande entusiasta da boemia parisiense, Lautrec, estilisticamente, pode ser colocado ao lado de Seurat, Gauguin e Van Gogh, em nítido contraste com impressionistas retardatários como Bonnard e Vuillard. Lautrec ampliou o conteúdo da arte e introduzir um novo elemento de real humanidade. Apresenta-se com um gosto definido e com estilo próprio, que desenvolverá de acordo com a força secreta, que existia dentro dele. Podemos ter uma indicação segura sobre a sua faculdade de expressar as paisagens e de combinar os valores cromáticos, levando em consideração que ele realizou e executou perfeitamente cartazes como: Burant, La Goule e Divan Japonais.

Divan Jáponais/Divulgação

Lautrec foi um verdadeiro visionário da realidade,  um visionário de pesadelo no sentido tântrico, um espírito simples e direito emanando natureza e a beleza por trás do horror e do imaginativo humano. Lautrec mostra o contrário daquilo que ele representa. E é exatamente essa procura pela pureza, essa sua necessidade do absoluto, que o levaram a buscar uma inspiração cada vez mais distante da sociedade aristocrata e oculta na qual ele nasceu. Era detentor de uma paixão pelas cores brutais, colocadas lado a lado à  encontraste violentos e muitas vezes excessivos.

Um grande artista com uma grande obra!

At Moutrouge/Divulgação

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: A ELEGÂNCIA DO COMPORTAMENTO.
-Henri de Toulouse-Lautrec
Portrait of Vincent van Gogh/Divulgação

Forte abraço!

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