Contrast, um chamado

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Liberdade, é uma palavra do Latim: Libertas que é, de maneira geral, a condição daquele que é livre. Entre os sentidos possíveis, podemos entender como a capacidade de agir por si mesmo, sentir por si mesmo, atitudes que podem se desdobrar em diferentes direções como, por exemplo, em autodeterminação, independência ou autonomia.

A natureza por si só é livre. Desde que o homem criou consciência, autonomia e responsabilidade de suas ações, ele entende e manifesta na escrita, na filosofia, na arte, na música e em todas e quaisquer áreas que abrangem o conhecimento, a liberdade da natureza, que é independente da ação do homem, que é perfeita em seus ciclos, que possue equilíbrio quando deixada em sossego, que não produz lixo mas sim vida, que é pura, pacífica e essencial para a manutenção da vida humana no planeta.

Reprodução – Vanessa Prigollini

Mas as desdobraduras da passagem humana pela história revela os passos tristes de uma trajetória de desrespeito ao berço de tudo que à, uma busca desenfreada por bens e consumo que colapsaram o meio ambiente, e que a cada dia e de maneira mais forte perfura as camadas mais profundas do nosso planeta azul causando danos irreparáveis.

Reprodução – Vanessa Prigollini

Um dos sistemas mais atingidos pela poluição e pela irresponsabilidade do consumo são os oceanos e toda a vida marinha que o cerca. Comunidades inteiras são degradadas todos os dias, animais extraordinários privados de viver sua vida em liberdade, outros tantos não tendo acessibilidade ao alimento que precisam para viver. Isso não é apenas injusto, é triste e urgente.

Imagine se fôssemos obrigados a ser atração em shows, com alimento fracionado e longe da nossa família, como seria penoso só de imaginar uma vida longe do que conhecemos. Então por que os animais da nossa fauna podem passar por coisa semelhante? Nosso dever é proteger nossa casa, que também é lar desses brilhantes animais, é buscar intensamente a harmonia, criando uma atmosfera realista de paz e respeito entre nós e a natureza.

Reprodução – Vanessa Prigollini

Com esse ideal de liberdade, Vanessa Prigollini, psicóloga, conferencista, fotógrafa subaquático e da natureza, educadora marinha e naturalista, criou e dirigiu o documentário Contrast, que fala justamente da diferença Constrastante de vida de mamíferos marinhos que vivem em liberdade para os que vivem em cativeiro. Com uma fotografia belíssima e trilha sonora impactante Vanessa conseguiu tocar vários corações ao redor do mundo sobre a importância da educação para construção de um mundo sustentável e habitável para todos.

Reprodução – Vanessa Prigollini

Para falar um pouco sobre esse assunto eu convidei Vanessa para uma conversa.

•Vanessa começou seu trabalho como fotógrafa subaquática, fotógrafa da natureza, educadora marinha e naturalista?

Sou psicóloga e sou professora e sou professora e há muito tempo comecei a lecionar em escolas na Cidade do México sobre educação marinha e comecei a combinar minha paixão pelo mar com minha profissão como psicóloga e vi que havia muita necessidade de educar as crianças para as gerações futuras sobre questões do mar e depois consegui um emprego no Canadá para trabalhar com orcas na natureza e assim por diante. foi como ela combinou minha profissão como psicóloga com a minha paixão pelo mar e como educadora marinha.

Reprodução – Vanessa Prigollini

• Como nasceu o documentário sobre as orcas, golfinhos e belugas intitulado Contrast?

Tudo começou com a ideia de fazer um vídeo educativo para as aulas que eu dou de 2 a 3 minutos e, finalmente,acabou sendo um documentário de 15 minutos com o qual tive muito apoio de fotógrafos e organizações conhecidas de todas as parte do mundo.

Reprodução – Vanessa Prigollini

Contrast contou com o apoio de renomados fotógrafos e organizações de diferentes partes do mundo, como foi essa experiência?

Foi muito enriquecedor e foi muito gratificante eu me senti muito honrada por ter o apoio de todas essas pessoas que acreditaram em mim e como eu venho por muitos anos fazendo esse tipo de Educação Marinha eles confiaram em mim, então foi realmente algo que fez eu me senti muito bem.

Reprodução – Vanessa Prigollini

No documentário, a palavra liberdade nos traz um sentimento de paz, mas também de urgência em relação à saúde dos oceanos e da vida marinha. Para você, qual é a maior causa da instabilidade ambiental nesses segmentos?

Poluição marinha, comer frutos do mar, do fato de haver tanto tráfego marítimo, bem como a construção de dutos marítimos.

Reprodução – Vanessa Prigollini

O documentário fala um pouco sobre a vida da maravilhosa orca Keiko, sua caça e a luta de muitos para devolvê-la ao oceano, seu verdadeiro e único lar. Apesar desse evento, ainda existem grupos de parques aquáticos de mamíferos marinhos que exploram esses animais. Como esse problema pode ser resolvido?

Keiko foi um exemplo de uma orca que pode viver seus últimos anos sentindo as correntes do mar em seu habitat natural e teve a oportunidade de caçar seu próprio peixes, de nadar muitos quilômetros. Creio que a maneira mais fácil que as pessoas podem ajudar é não frequentar esses lugares se não há mais demanda e não haverá oferta e, por outro lado, a criação de santuários onde esses animais que foram explorados por muitos anos pode ter um retiro digno em seus últimos anos sem ter que trabalhar para o entretenimento de humanos.

Reprodução – Vanessa Prigollini

• Vanessa, como foi a experiência de trabalhar com a comunidade indígena Kitasoo Xai Xai?

Para mim foi uma das melhores experiências que tive em toda a minha vida, foi uma comunidade que abriu o coração, que me ensinou muitas coisas sobre respeitar a natureza, sobre não explorar os recursos da natureza e levar apenas o que precisamos não mais do que isso. Me parece que nós que vivemos nas cidades temos muito a aprender com comunidades indígenas que respeitam muito a natureza.

Reprodução – Vanessa Prigollini

• Como um naturalista que trabalhou com as espécies de urso mais raras e evasivas do planeta: o urso espiritual, quais foram suas impressões desta experiência?

Foi muito bom poder ver o urso mais raro do planeta, eu o vi algumas vezes, apesar de estar alguns meses lá na floresta do Grande Urso, mas também foi muito doloroso ver como os ursos por causa da mudança climática, muitas vezes não encontraram o salmão que eles precisam para sobreviver durante o inverno, e às vezes ver os ursos bastante, bastante finos, magros, até mesmo ver como o salmão, porque havia o aquecimento da água do mar, porque havia aquecimento da água do mar, porque havia seca não havia chuva suficiente, foi triste ver salmão morrendo cozido na água do mar. Eu creio que é importante que cada pessoa escolha mesmo que seja uma única causa que os move, que os motivem, mas que todos nós contribuímos como um grão de areia.

Reprodução – Vanessa Prigollini

• Como educadora, você acredita que, mesmo que discreto, já existe uma consciência da sociedade em relação ao meio ambiente?

Eu acho que há muitos esforços sobre à educação, sobre gerar a conscientização, à muitas organizações e muitas pessoas, mas eu acho que ainda falta muito mais e sobre todas as pessoas, acima de tudo fazer as pessoas entenderem que as ações que temos em nossas vidas diárias têm um impacto nos lugares mais distantes e remotos e é por isso que é importante que tentemos mudar nossos hábitos e que entendamos que o que afeta diretamente o planeta nos afeta também. Não está separado o que acontece com o planeta com o meio ambiente que afetamos com nossas vidas diárias e temos que fazer mudanças em nossas rotinas.

Reprodução – Vanessa Prigollini

• Que mensagem você deixaria para crianças, adolescentes e adultos sobre a educação ambiental e como realizá-la na sociedade?

Parece-me que a mensagem seria que a educação, principalmente para as crianças, é extremamente importante, devemos sensibiliza-los, não só as crianças mas os adolescentes e adultos também, mas nós focamos muito nas crianças é um estágio fundamental para gerar essa consciência social do meio ambiente, esta a compaixão que é essencial para as crianças quando tomarem decisões amanhã as tomem com muito mais conhecimento sobre as mudanças que podem fazer para ajudar nosso planeta e ter um mundo mais sustentável e habitável.

Reprodução – Vanessa Prigollini


A natureza é o único livro que oferece conteúdo valioso em todas as suas folhas. -Goethe

Reprodução – Vanessa Prigollini

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