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Defender a escola como espaço de cuidado e inclusão: o legado das mulheres na educação
Tempo de leitura: 3 Minutes

No mês dedicado à celebração das conquistas femininas, o Gabarito Educação reforça seu compromisso com a equidade de gênero e a valorização da liderança feminina. À frente dessa missão está Amanda Abdalla, engenheira de produção pela UFSCAR, MBA em Gestão Empresarial pela FGV e atual CEO do Gabarito Educação. Movida pela paixão pela educação e com a meta de implementar práticas inovadoras, Amanda lidera uma gestão que prioriza não só a excelência acadêmica, mas principalmente a formação integral de cidadãos.

Sob sua direção, o Gabarito tem ampliado discussões relevantes sobre os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade, indo além de símbolos superficiais, pois promove diálogos sobre temas relevantes como dignidade menstrual e acesso ao mercado de trabalho. Em 2025, está sendo promovida a campanha Mulheres que Inspiram, Conhecimento que Transforma, com o objetivo de destacar o protagonismo feminino em diversas áreas da sociedade, especialmente na produção de conhecimento, reforçando a importância da igualdade de gênero e do empoderamento das mulheres. Nesta entrevista, Amanda compartilha sua visão sobre gestão, os desafios de liderar e a importância de ocupar espaços de poder na educação.

Gostaríamos que você nos contasse como começou sua trajetória no Gabarito e como evoluiu até chegar à direção geral.
Amanda Abdalla: Minha jornada aqui começou há doze anos, mas já passei por diversas áreas, antes de assumir a liderança. Fui coordenadora pedagógica, diretora da unidade pré-vestibular e diretora de comunicação. Em 2021, assumi a direção-geral, um desafio que abracei com entusiasmo, pois sempre desejei unir minha formação em engenharia à gestão educacional.

O que você percebe como principal avanço de sua gestão?
Amanda Abdalla: Implementamos processos mais sistêmicos e data-driven. Um dos maiores diferenciais foi estruturar o uso de dados para aprimorar a gestão pedagógica, garantindo que cada aluno tenha seu aprendizado monitorado. Além disso, profissionalizamos as áreas financeira, administrativa e jurídica, o que fortaleceu a instituição como um todo.

Para você, como é assumir a liderança de uma instituição de educação, quais sentimentos essa tarefa lhe desperta?
Amanda Abdalla: É um misto de realização e responsabilidade. Sou apaixonada por educação e acredito que trabalhar nesse setor me renova todos os dias, especialmente em um contexto de tantos desafios no Brasil. Sempre sonhei em aplicar ferramentas de gestão empresarial na educação, mas a autonomia traz desafios. A solidão nas decisões difíceis é real, mas acredito que nosso propósito — formar cidadãos com projetos de vida diversos, integrando arte, música e acesso à universidade — e os resultados que temos obtido tornam tudo gratificante.

Na sua visão, qual é o impacto de ter uma mulher liderando o Gabarito?
Amanda Abdalla: A educação é um setor historicamente construído por mulheres. Desde a industrialização, quando o cuidado, que antes era restrito ao ambiente doméstico, passou a ser compartilhado com a escola, as mulheres assumiram um papel central nesse espaço. Porém, há uma contradição: embora representem a maioria na base (como professoras, coordenadoras e funcionárias), ainda são minoria nos cargos estratégicos. Nos grandes grupos educacionais do Brasil, os altos postos de gestão seguem ocupados majoritariamente por homens.

Isso reflete uma dinâmica social mais ampla: as mulheres estão no “chão” das escolas, na cozinha, na limpeza, na sala de aula , mas raramente nas cadeiras de tomada de decisão. E essa ausência faz diferença. Na minha experiência, lideranças femininas trazem um olhar singular para a educação. Nós defendemos a escola não como uma empresa que produz “resultados” ou “pessoas de sucesso”, mas como um espaço de desenvolvimento integral.

Priorizamos formar cidadãos críticos, capazes de construir projetos de vida diversos, em sintonia com suas realidades familiares e sociais. Não se trata apenas de transmitir conteúdo, mas de acolher diferenças, promover arte, música e acesso à universidade como ferramentas de transformação. Essa visão é compartilhada por muitas gestoras com quem trabalho: há uma preocupação coletiva em preservar a escola como ambiente de cuidado e inclusão, algo que, muitas vezes, se perde em modelos de gestão focados somente em métricas.

Como o Gabarito aborda o tema da mulher, especialmente no mês de março?
Amanda Abdalla: Fugimos de clichês como flores ou homenagens vazias. Nosso foco é promover debates sobre questões reais: já discutimos pobreza menstrual, que afasta meninas da escola, e desigualdades no mercado de trabalho. Este ano, destacamos ó mulheres importantes no Brasil, mas principalmente mulheres produtoras de conhecimento e arte dentro da nossa comunidade — professoras, colaboradoras e familiares que transformam realidades. É sobre dar visibilidade a quem constrói a educação no dia a dia.

Que mensagem você deixa para outras mulheres que aspiram a cargos de liderança?
Amanda Abdalla: Que ocupem espaços com coragem e autenticidade. Liderar é difícil, mas é também uma oportunidade de transformar estruturas e inspirar mudanças. A educação precisa de vozes femininas que fortaleçam seu papel como pilar social, não apenas operacional. A presença feminina no topo é urgente não só por equidade, mas porque nossa perspectiva redefine prioridades.

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