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Interrupção pode gerar riscos para o paciente e reduzir as chances de sucesso do tratamento | iStock

A interrupção ou suspensão do tratamento não são boas opções para os pacientes com câncer, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. Mesmo sendo do grupo de risco, a recomendação é a de continuar com todos os protocolos de quimioterapia, radioterapia ou cirurgias indicadas pela equipe médica.

Para a coordenadora do Serviço de Oncologia do Hospital Santa Cruz, Dra. Ana Maria de O. Santos, na grande maioria dos casos, o adiamento do tratamento especializado para o câncer pode ser prejudicial. “Dentre os riscos, está a progressão da doença, ou seja, o aumento do tumor ou até mesmo casos de metástase, quando o câncer começa a atingir outros órgãos do corpo”.

Para manter o ambiente mais seguro, é necessário um realinhamento das estratégias para o acompanhamento da doença, como uso de máscaras, higienização constante das mãos, intensificação da limpeza dos locais, espaçamento entre as consultas, triagem prévia com perguntas relacionadas à sintomas suspeitos – febre, tosse e coriza -, aferição da temperatura e distanciamento durante a aplicação.

O gerente médico, Dr. Rafael Moraes comenta sobre a entrega de crachá especial, com nome e foto do paciente, que garante acesso direto ao hospital. “Dessa forma, evitamos que o paciente tenha que aguardar na recepção para fazer um novo cadastro a cada visita ou tenha contato com outras pessoas”.

Prevenção

O diagnóstico precoce continua sendo uma questão fundamental ao se considerar o câncer. Por isso, é muito importante manter a frequência de realização dos exames preventivos, em especial quando o paciente já teve a doença, apresenta histórico familiar, faz parte de grupos de risco ou já estava acompanhando qualquer alteração com o médico antes da pandemia.

“Sabemos que quando se tem um diagnóstico com doença inicial, o sucesso no tratamento é mais garantido. Mas os exames devem ser realizados em ambientes seguros e preparados, com medidas preventivas e protetivas relacionadas à Covid-19”, enfatiza Dra. Ana Maria.

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