Maracanã é Maraca e Pronto!
O debate que tomou conta dessa semana girou em torno de uma proposta de Lei, votada em caráter de urgência, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, de autoria do presidente da casa, Deputado André Ceciliano, que autoriza a troca do nome do Estádio, de Jornalista Mário Filho, para Rei Pelé, em homenagem ao maior atleta do século XX. Após aprovação do plenário, a bola está nos pés do Governador em Exercício Claudio Castro para sanção ou veto. O procedimento chamou a atenção da opinião pública e uma avalanche contrária à mudança tomou conta das redes sociais. Foi levantado a biografia das duas personalidades envolvidas. Aí eu pergunto: Até esse momento você sabia quem foi Mário Filho?
O Jornalismo foi pioneiro na criação de um jornal especializado em notícias do esporte e um entusiasta na construção do super estádio para a disputa da Copa de 1950 vencida pelo Uruguai. A visão empreendedora dele estava à frente da época. Mudou a conjuntura e alterou a linguagem e ajudou a tornar o futebol um esporte cada vez mais próximo do povo. O Pernambucano era um profissional perspicaz e visionário. Se hoje o Maracanã ocupa aquele terreno foi porque Mário viu que ali era o lugar ideal para a construção do templo do esporte. Próximo ao centro da Cidade, Zona Sul e na Entrada da Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro. A ideia inicial era da construção do estádio no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste bem distante de onde é hoje.
Outras boas coisas foram criadas por Mário Filho. A competição entre escolas de samba foi criação dele assim como o LIvro “O Negro no futebol brasileiro”, que aborda um tema muito atual, a importância da cultura negra no esporte nacional. Mesmo com a obra ficando defasada em alguns aspectos, o tema segue em voga. O formato de programa esportivo de debates, com representantes dos quatro clubes cariocas, vem desde Mário Filho e o irmão famoso, Nelson Rodrigues. Se hoje o Flamengo é um clube tradicionalmente popular, deve-se muito ao jornalista.
Já a história de Pelé todos conhecem. Desde os feitos dentro de campo, os títulos, o fenômeno de marketing, símbolo do povo, a vida pessoal, o não reconhecimento da filha. Tudo isso é claro e notário da representatividade dele para o esporte brasileiro. Pelé é uma das grandes personalidades mundiais. Merece todas as reverências do nosso país.
Arrisco a dizer que o Maracanã seria o Maracanã sem Pelé. Porém, o camisa 10 não seria o mesmo sem o Estádio, sem seus jogos no templo sagrado que se tornou a principal arena esportiva do país. E por quê essa discussão logo no período no aumento no número de mortes e internações por Covid-19. O pior momento atravessado pelo Brasil. Logo agora ALERJ?
***EM TEMPOS***
O público não gostou muito do formato de transmissão esportiva da RecordTV no Campeonato Carioca. Os índices de audiência não tem agradado a emissora do Bispo. Parafraseando o atacante Fred: “O Carioca tem que acabar”.
****PANO RÁPIDO****
Paulo Henrique ganso e Michael poderiam formar uma dupla sertaneja porque no futebol não dá mais.