O governo e suas segundas intenções sobre a vacina do COVID-19
Imagine uma casa lotérica involuntária, onde os cofres funcionam como verdadeiras bocas de lobos, onde o animal simboliza um ataque feroz praticado pelos que estão em cima de cadeia alimentar aos que já nascem involuntariamente subordinados à eles. Pode se dizer que um dos maiores poderes da política no mundo se tornou a manipulação. Algo que dá participação presencial do povo nas Ágoras de antigamente, começou a acontecer entre o conhecimento de um seleto grupo de pessoas iguais a nós, porém com um desenvolvimento muito alto de capacidade de manipulação.
O mundo não nasceu separado em esquerda e direita da forma que nós estamos passando a entender no momento. Essas palavras sempre significaram as orientações, porém, da mesma forma que na antiguidade os lados foram denominados como forma de indicação, o ser humano acabou sendo capaz de jogar um contra o outro. Dois significados que tinha a mesma função sendo separados pelo homem.
Ninguém nasce cruel, o mundo faz da pessoa o que ela é a partir dos acontecimentos e influências dos perímetros da sua vida. Um dos maiores defeitos que o ser humano tem podem se resumir em duas palavras: a fraca resistência às más influências e a sua maior derivação nesse cenário em que vivemos: o sentimento de ganância acima da vida humana. Ou melhor, a oportunidade de se detectar enriquecimento a qualquer custo por cima das situações que na vida dos meros mortais são interpretadas como consequências de um cenário onde o mundo está exposto naquele momento. Enquanto alguns lutam para achar uma solução, outros vasculham os acontecimentos para tirar o máximo de proveito que conseguirem para si mesmos. É que nem um assalto à mão armada, porém, um crime tão bem feito que passe diante de seus olhos.
Mais afinal, porque estamos falando disso no artigo dessa semana? Na última quinta-feira, dia 11 de fevereiro de 2021, as prefeituras e governos de diversos estados brasileiros têm intensificado formas das pessoas não burlarem a prioridade nas filas de vacinação. Apesar da forma de como as pessoas estão agindo, é explicativo esse comportamento, pois no último ano, o medo do contágio e os números de morte estão subindo cada vez mais, enquanto os empresários e a população estão pressionando para um retorno imediato que apesar das precauções, ainda não garantem o 100% da proteção. Os vidrinhos das doses das vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e pela Fundação Oswaldo Cruz estão sendo produtos mais cobiçados do que os iPhones da Apple, e a confusão nas “filas das lojas” estão maiores do que os estoques.
Pensando nessa forma de reprimenda aos furadores de filas, a prefeitura da cidade de São Paulo anunciou uma multa de mais de R$ 100 mil reais. Diante dos valores estabelecidos pelos governantes, eu penso na questão de como os políticos chegam a esse número. Passei a me questionar essa semana se o governo realmente está com a intenção de ajudar e conscientizar a população, e ao invés disso, está tirando aproveito para suprir lucro estimando a quantidade de pessoas que possam ser atuadas.
O governo que aplica esse tipo de situação, em minha opinião, pode ser assimilado como um navio pesqueiro jogando a rede com esperança de pegar os peixes, só que ao invés de realizarem uma pesca convencional, arrumarem uma maneira de fazer receita com a exploração em massa dos pescados. É lamentável como após tantos anos de exploração e doutrina dos governantes, muitos passaram a se tornar feras pacíficas ao invés de tomarem atitudes que realmente possam quebrar esse sistema. Não é á toa que a política é um dos temas mais polêmicos debatidos no mundo.
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