Uso da cloroquina aumenta risco de morte em pacientes e deve ser evitada

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Um estudo publicado nesta sexta-feira (22) pela revista “The Lancet”, mais de 96 mil pacientes foram avaliados. Nele foi analisado a hidroxicloroquina e a cloroquina mostrando que não trouxeram benefícios no tratamento do novo coronavírus. Além disso, foi comprovado que não existe qualquer melhora na recuperação dos infectados. Muito ao contrário, o que chama a atenção é o risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo Sars CoV-2.

A pesquisa foi realizada com 96.032 pacientes, com idade média de 53 anos e com 43,3% sendo mulheres. Sendo executado em 671 hospitais de seis continentes. Quatro tipos de tratamentos com os medicamentos foram administrados em 14.888 pacientes hospitalizados entre 20 de dezembro de 2019 à 14 de abril de 2020.

Resultados

De acordo com matéria publicada no G1, o grupo um – 1.868 pessoas – receberam cloroquina. O grupo dois – 3.016 – tomaram o hidroxicloroquina. Já o grupo três – 3.783 – obtiveram a mistura de cloroquina e macrólidos. O grupo quatro – 6.221 – testaram o uso de hidroxicloroquina com macrólidos. O último, grupo cinco – 81.144 -, não foi realizado a aplicação de medicamento.

O resultado obtido foi que a cada 11 pacientes, um havia morrido – 9,3%. Isto é, cada quatro tipo de tratamento foi associado em risco maior de morte.

Nota de Esclarecimento da Sociedade Brasileira de Cardiologia

Apesar do Ministério da Saúde publicar orientações de uso dos medicamentos em casos leves da Covid-19, a SBC não recomenda o manuseio da Cloroquina e Hidroxicloroquina associada, ou não, a Azitromicina, enquanto não houver evidências científicas definitivas acerca do seu emprego.

Em nota, a Sociedade Brasileira de Cardiologia diz que no entanto, para pacientes que optarem pela realização do tratamento, a orientação é resguardar as condições sanitárias necessárias para minimizar o risco de contágio de profissionais de saúde e outros pacientes. Também ressalta a importância de realizar eletrocardiogramas a fim de avaliar a evolução do intervalo QT, de forma a subsidiar o médico quanto a pertinência de se persistir no tratamento.

A Sociedade afirma estar à disposição para contribuir com as autoridade sanitárias do país na adoção de políticas públicas de interesse da sociedade brasileira.

Sobre a Sociedade Brasileira de Cardiologia

Fundada em 14 de agosto de 1943, na cidade de São Paulo, por um grupo de médicos destacados liderados por Dante Pazzanese, o primeiro presidente. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), tem atualmente um quadro de mais de 13.000 sócios e é a maior sociedade de cardiologia latino-americana, e a terceira maior sociedade do mundo.

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