Pandemia influencia na queda do número de fumantes
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Foto:Pedro Ribas/SMCS/FotosPúblicas

 O novo normal vem transformando a vida das pessoas em vários aspectos. Isolamento social, adiamento dos mais diversos tipos de encontros entre familiares, amigos, grupos de trabalho; escolas fechadas, bares e restaurantes funcionando há pouco tempo e com restrições. O uso obrigatório de máscara veio para ficar, tendo em vista sua eficácia no combate ao Novo Coronavírus, associado aos demais cuidados de higiene recomendados.


          Novos hábitos para todos, que trazem benefícios particulares. No Reino Unido, mais de 1 milhão de pessoas pararam de fumar desde o início da pandemia, foi o que mostrou um levantamento feito pela organização britânica Action on Smoking (conhecida como Ash). A University College London (UCL) fez uma pesquisa que apontou que o número de pessoas que pararam de fumar desde o começo do ano é o maior já registrado. Fatores como a privação de festas e reuniões entre grupo de pessoas, além do fechamento de estabelecimentos comerciais influenciaram muito aqueles que pararam de fumar. Outro fator foi o medo real de ter os efeitos do vírus agravados pelo cigarro.


          Nos consultórios médicos brasileiros, a mudança de hábito também vem sendo notada nos últimos meses, é o que afirma o Dr. Augusto Vilela, cardiologista, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Como a Covid-19 é uma doença que atinge o trato respiratório, os pacientes tabagistas ficaram mais temerosos com o risco de infecção e agravamento da doença, decidindo procurar ajuda para parar de fumar”, afirma o médico.

          De acordo com o cardiologista, os benefícios de quem larga o cigarro são muitos. “Nos primeiros 20 minutos que o indivíduo para de fumar, o ritmo cardíaco e a pressão arterial diminuem. Após 12 horas, o nível de monóxido de carbono no organismo volta ao normal. Entre duas a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta”, explica. A melhora gradativa na saúde permanece mês após mês, diminuindo sintomas como tosse, falta de ar e fazendo com que o risco desenvolver câncer e doenças cardíacas sejam menores, chegando a índices comparados aos de não fumantes. “Em um ano, o risco de desenvolver uma doença coronariana cai pela metade em relação a um fumante. Em 15 anos, esse risco é o mesmo de um não fumante”, completa.

Augusto explica ainda que parar de fumar traz mais disposição ao indivíduo, diminui o risco de um infarto e aumenta a expectativa de vida.”

O fumante triplica suas chances de ter infarto e o fumante passivo – aquele que fica exposto à fumaça do cigarro – tem 30% a mais de risco de infartar do que uma pessoa que não tem contato com a fumaça do cigarro. Ainda de acordo cardiologista, muito se fala em grupo de risco, que são pessoas com determinadas doenças preexistentes, como diabetes e hipertensão. Mas o grupo dos sedentários, fumantes e pessoas que não possuem uma alimentação equilibrada, também estão mais propensos a desenvolver os sintomas graves do novo Coronavírus.

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