No último dia (12) foi comemorado o dia da Enfermagem: o profissional que luta em salvar vida
Na quarta-feira (12) da semana passada, foi comemorado o Dia Internacional da Enfermagem, uma data que foi criada para lembrar a luta incansável dos enfermeiros (a) de salvar vidas e contribuir com a sociedade. Uma profissão que merece respeito, valor e amor. No Brasil, com a chegada da pandemia o trabalho desses profissionais teve que ser redobrado, muitos em hospitais sobrecarregados, onde o momento foi considerado como uma catástrofe sanitária.
Enfermeiros no Brasil
Segundo o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), o país possui 609.846 enfermeiros, 1.428.845 técnicos de enfermagem e 432.146 auxiliares de enfermagem. Profissionais que fazem jus a sua habilitação e capacitação, fazendo o possível para a população ter uma boa qualidade de vida.
Relatos de quem está na linha de frente e ama o que faz
“A enfermagem foi tida com a arte de cuidar. É uma profissão extremamente focada na ciência. Em relação a pandemia, o que mudou é justamente o foco da intensidade com que os profissionais tem se dedicado – o número de horas e as jornadas exaustivas. E com os paramentos em si, para evitar a contaminação em pacientes”, conta Maria Carolina Belo, 41, gerente de enfermagem do Hospital Hélio Angotti, em Uberaba – MG. Ela que é formada há 17 anos.
“Ser enfermeiro, não é simplesmente entregar um cuidado aos pacientes, ser enfermeiro vai muito além do que você é, pelo que representa, pelo conhecimento, liderança, organização e acima de tudo amor.
Nesse momento tão difícil que estamos vivendo, onde dispomos do conforto de nossas casas para ser a casa de quem necessita, recebemos em troca o olhar agradecido dos pacientes e familiares.
Queremos um reconhecimento digno para a profissão, salários justos, jornadas menos exaustivas, para que nós da enfermagem consigamos entregar muito mais a que nos solicita”, conta Yuri José, 24, enfermeiro no Hospital Santa Casa, em Belo Horizonte.
“Escolhi essa área porque isso está em mim desde sempre. No início da pandemia estava trabalhando em dois hospitais – um da rede pública e outro privado no CTI Covid. Cuidei de pacientes que perderam a família quase toda para a covid e tínhamos que ser fortes. As coisas irão melhorar se as pessoas entenderem que precisam parar de se aglomerarem. Ninguém voltará a ser o mesmo, e com todo mundo vacinado com certeza”, conta Haynara Gonçalves, 26, enfermeira em um Hospital no Rio de Janeiro – que não mede esforço para fazer o seu melhor.
“Ao escolher enfermagem, eu fui conquistado. Apesar de já ter tido outras aprovações em cursos de saúde, foi na enfermagem que pude me completar profissionalmente. Ser enfermeiro em uma pandemia é um ato de resistência e sobrevivência. É uma ciência que cuida das necessidades humana. Sonho com um mundo assistencial que reconheça-nos”, relata Yuri Barbalho 24, enfermeiro da Diretoria de Saúde do Tribunal de Contas da União, em Ceilândia – DF.