A ascensão do general é a ruína da estatal?
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Na última matéria, falamos sobre Os Stakeholders do Governo Federal e a Alta dos Combustíveis, por coincidência, na mesma semana o governo resolveu intervir na Petrobras, hoje vamos falar um pouco mais, sobre a indicação do General Joaquim Silva e Luna, para o cargo da Presidência da Petrobras, substituindo o Presidente atual, Roberto Castello Branco e a possibilidade de aprovação do novo nome.

A indicação do General, trouxe instabilidade acometendo em perda de valor da estatal, segundo especialistas do mercado financeiro e de capitais, o envolto chega a 100 bilhões de reais, que deixaram as ações da empresa em posição vendida, por diversos acionistas que possuíam ações preferenciais (PN), houve impactos diretamente no mercado financeiro e jornais americanos, já começavam ao longo da semana a divulgar que, diversos escritórios americanos estariam montando peças jurídicas para ingressar com processos coletivos.

Diante dos fatos ocorridos a reprodução da mídia americana se baseava nessas afirmações;

“O governo se comporta como se fosse o único dono da Petrobras, atropelando os acionistas minoritários. Vou buscar na justiça dos Estados Unidos. Já estou trabalhando nisso com os clientes” palavras de André que integra o escritório Almeida Advogados, esse tom ameaçador, ganhou força após a gestora Aberdeen Standard Investiments, detentora de 0,05% do capital social da Petrobras enviar uma carta ao conselho de administração da estatal.

Na última sexta feira dia 26/02, um Juiz Federal de Minas Gerais, André Prado de Vasconcelos, negou a liminar, impetrada por dois advogados que, questionavam a indicação do General para o cargo de Presidência da Petrobras, a liminar com caráter de urgência, tinham como fato gerador, os pré requisitos do indicado a ocupar a vaga e a falta de elementos currículares das quais o poderiam designar ao cargo, por não possuir segundo os advogados, competências suficientes para assumir, o magistrado em sua decisão, disse que cabe ao conselho de administração vetar ou não, o nome do indicado, não cabendo essa atribuição a Justiça Federal, pois trata-se de uma empresa de capital aberto e que possui um conselho de administração com força de veto.

O conselho, realizou reunião extraordinária e questões quanto a governança e compliance, estão sendo levantadas, agora cabe ao conselho de administração, realizar a análise da biografia do general para que na próxima reunião, que deve ocorrer na próxima semana, sem data definida, seu nome seja, ou não aprovado.

A recuperação

Apesar da forte queda das ações, a estatal ganhou força de mercado novamente, isso se deve, apesar da intervenção do governo, o acalmar dos ânimos, houve muito estardalhaço, é necessário que sejam colocadas verdades no que se refere ao mercado, pois tudo é pólvora para implodir.

Em diversas entrevista durante a semana, um dos conselheiros da Petrobras e defensor assíduo do Presidente atual, vogalizou de forma acintosa, a respeito da Petrobras.

Quem não conhece o mercado e seu poder de recuperação teve medo, devemos nos despir desse sensacionalismo, a estatal já serviu como foco de corrupção no passada, um Presidente, que não trabalha há 11 meses, recebendo um salário superior a 50 mil reais semanais, enquanto o povo paga a conta da supervalorização do combustível é espantoso.

Tem coisas que temos que concordar, independente da intenção política a gestão do plano estratégico de uma empresa desse “naipe” como a Petrobras, não pode ficar em casa de braços cruzados, enquanto o castelo da estatal desmorona, precisamos de gestores com pulso forte, a nossa economia passa por momentos difíceis.

O único castelo a desmoronar nesse momento é do Presidente Castelo Branco destituído do cargo, por sinal com tantos elementos que vieram à tona, manter-se no cargo é impossível, a Petrobras não pode ser escora para encosto é necessário reagir.

O mal-estar de Paulo Guedes, equipe economia e o Presidente Jair Bolsonaro, é muito evidente, e existem possibilidades de uma saída já esboçada do menino de Chicago Boys, o que pode afunilar, ainda mais a crise institucional e econômica no país.

Reprodução Imagem Google: Ministro Alexandre de Moraes – STF Brasilia

Não resta dúvidas, que mesmo com aprovação ou não, de Joaquim Silva e Luna esta questão vai entrar na pauta do STF, ou o mesmo será manifestado, através de alguma liminar impetrada por algum partido político, o que vai agravar mais ainda a situação institucional.

Com a intervenção do Governo, resta-nos esperar que não afete a economia como um todo, e que esses reajustes sejam operados da melhor forma possível, ou a caso o governo estará enxugando gelo e a conta chega depois.

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