Em entrevista, Silvio Ferrérie revela como a aceitação das sombras pode promover o autoconhecimento
O livro “Liberte-se de crenças que aprisionam!”, de Silvio Ferrérie, é um convite à introspecção e ao autoconhecimento, explorando a dualidade que compõe a natureza humana. Em entrevista, o autor revela como a aceitação das sombras, representadas por medos e limitações, é tão importante quanto a valorização dos aspectos positivos, a luz. Silvio destaca que a tentativa de eliminar a sombra é infrutífera, pois ela oferece importantes lições e contribui para o crescimento pessoal.
A obra percorre várias culturas e tradições, demonstrando que a dualidade é um conceito universal, presente em diferentes crenças e épocas. Com influências do hinduísmo, da mitologia asteca, das tradições africanas e de outras fontes, o autor propõe uma reflexão sobre como essas visões ajudam a entender os opostos internos e externos do ser humano. Cada perspectiva cultural traz à tona uma forma particular de alcançar equilíbrio, enriquecendo a compreensão da dualidade.
Silvio acredita que viver em harmonia com essa dualidade não significa eliminar polaridades, mas encontrar o equilíbrio. Segundo ele, o processo de aceitação e autoconhecimento começa pela observação de si mesmo, sem julgamentos, e pela adoção de pequenas ações diárias, como meditação e reflexão, que ajudam a reconhecer e entender os padrões de comportamento.
O livro também apresenta ferramentas práticas para o autoconhecimento, incluindo perguntas reflexivas e atividades que incentivam a transformação interna. Silvio recomenda que os leitores façam perguntas profundas a si mesmos, questionando suas crenças limitantes e explorando o que impede o avanço pessoal. Para o autor, essa autorreflexão é o primeiro passo para um crescimento mais equilibrado e consciente.
A desconexão do mundo digital é outra prática sugerida no livro, essencial para quem busca equilíbrio. Silvio destaca que o excesso de exposição às redes sociais pode alimentar uma imagem idealizada da vida, fazendo com que as pessoas se comparem e escondam suas vulnerabilidades. Desconectar-se, mesmo que por um breve período, oferece a oportunidade de se reconectar com o presente e cultivar um maior bem-estar interior.
Silvio Ferrérie enfatiza que o crescimento pessoal é uma jornada contínua e que sempre haverá novas sombras a serem exploradas. Com paciência e compaixão consigo mesmo, é possível transformar desafios em oportunidades de aprendizado, promovendo uma vida mais autêntica e equilibrada. Confira a entrevista completa:
No livro “Liberte-se de crenças que aprisionam!”, você aborda a dualidade da luz e sombra. Como você definiria essa dualidade e por que é importante aceitá-la em vez de tentar eliminá-la?
A dualidade da luz e sombra é parte essencial de todos nós. Luz representa nossos aspectos positivos, enquanto a sombra reflete medos e limitações. Em vez de tentar eliminar nossa sombra, é fundamental aceitá-la, pois ela nos ensina, fortalece e ajuda a crescer. A integração desses opostos nos traz equilíbrio e consciência, possibilitando uma vida mais plena.
Sua obra percorre várias culturas e tradições ao redor do mundo. Como essas diferentes perspectivas ajudam a entender a dualidade no ser humano e sua busca por equilíbrio?
Explorar várias culturas e tradições mostra que a dualidade é uma experiência universal. Cada uma oferece insights únicos sobre como lidamos com nossos opostos internos e externos, sejam eles luz ou sombra. Essa diversidade de perspectivas enriquece nossa compreensão e oferece diferentes caminhos para alcançar equilíbrio e autoconhecimento, inspirando uma visão mais completa do ser humano e de suas culturas desde tempos remotos.
Você menciona que viver em harmonia com a dualidade não significa eliminar as polaridades, mas encontrar um equilíbrio entre elas. Quais seriam os primeiros passos para alguém que deseja começar a praticar esse equilíbrio em sua vida cotidiana?
Comece pela aceitação de quem você é, reconhecendo suas limitações sem julgamentos. Aceite que todos temos medos e incertezas. Pequenas ações diárias, como meditação e escrever sobre seus pensamentos, ajudam a observar padrões e entender essas polaridades. Isso nos tira do piloto automático. Ser gentil consigo mesmo torna esse processo mais leve e transformador.
O livro oferece aos leitores ferramentas práticas para promover o autoconhecimento, como perguntas reflexivas e atividades de transformação interna. Quais dessas práticas você considera a mais importante para quem está começando essa jornada de crescimento pessoal?
A prática mais importante para quem está começando é a autorreflexão. Fazer perguntas profundas a si mesmo, como ‘O que me impede de avançar?’ ou ‘Quais crenças me limitam?’. Questionar suas crenças e padrões de pensamento traz clareza e ajuda a identificar bloqueios. Esse processo de questionamento interno é o ponto de partida para transformar crenças limitantes e promover crescimento e equilíbrio.
O título do seu livro, “Liberte-se de crenças que aprisionam!”, sugere que muitas pessoas vivem limitadas por crenças impostas por elas mesmas ou pela sociedade. Quais são algumas das crenças mais comuns que aprisionam as pessoas e como podemos começar a nos libertar delas?
As crenças mais comuns que vejo nas pessoas são: ‘não sou bom o suficiente’, ‘não posso falhar’, ‘preciso agradar a todos’, ‘tenho que ser o melhor’, entre outras. Elas nos limitam e nos prendem ao medo e à insegurança. É essencial identificá-las, questionar sua origem e praticar a autorreflexão, buscando sempre sua própria essência, sem depender da aprovação dos outros. Substituir esses padrões por pensamentos positivos é o primeiro passo para a mudança.
Você menciona a importância de práticas como a meditação, o silêncio e a gratidão. Em sua opinião, como essas práticas ajudam no processo de autoconhecimento e no cultivo de um equilíbrio interior?
Práticas como meditação, silêncio e gratidão ajudam a desacelerar e se conectar com pensamentos e emoções mais profundamente. Elas trazem clareza, cultivam a aceitação e promovem equilíbrio interno. A meditação acalma a mente, o silêncio nos aproxima do nosso eu interior, e a gratidão nos faz focar no que há de positivo, essenciais para o autoconhecimento.
A vida nas redes sociais muitas vezes promove uma imagem idealizada e irreal. Como você enxerga o impacto disso na maneira como as pessoas lidam com suas próprias sombras e vulnerabilidades?
Essas imagens irreais fazem com que as pessoas se comparem e escondam suas próprias sombras e vulnerabilidades. Isso leva a uma busca constante por aprovação, dificultando os próprios pensamentos. Focamos somente na figura idealizada, deixamos de aceitar nossa dualidade. É fundamental lembrar que todos têm desafios e momentos difíceis, e é na aceitação disso que encontramos equilíbrio. É preciso ter consciência desse efeito e se conectar mais com o nosso verdadeiro eu.
O livro sugere um período de desconexão digital como uma forma de buscar equilíbrio. Que benefícios você acredita que essa prática pode trazer para quem se sente sobrecarregado pelo mundo digital?
Desconectar-se do mundo digital nos permite respirar, refletir e nos reconectar com o presente. Essa pausa, mesmo que por alguns minutos ou horas, reduz a ansiedade causada pelo excesso de informações e comparações nas redes, trazendo mais calma e equilíbrio. Sem as distrações das telas, podemos observar nossos pensamentos e emoções com mais clareza, promovendo o autoconhecimento e o bem-estar interior.
Além do autoconhecimento, você explora a ideia de que a dualidade está presente também nas relações sociais e no sistema judicial. Como a aceitação dessa dualidade pode influenciar positivamente nossas interações e decisões no âmbito coletivo?
Aceitar a dualidade nos ajuda a compreender diferentes perspectivas e a reconhecer que todos têm luz e sombra. Isso promove empatia e compreensão, tanto em relações pessoais quanto em decisões sociais e judiciais. Com essa visão mais ampla, conseguimos interagir de forma mais justa e equilibrada, favorecendo o bem-estar coletivo e o diálogo consciente.
Como publicitário e terapeuta holístico, você tem uma perspectiva única sobre as pessoas e suas jornadas. Como essas duas áreas se complementam em sua vida e influenciam seu trabalho como escritor?
Como publicitário, aprendi a entender as necessidades humanas e comunicar ideias claras e objetivas. A terapia holística me deu uma visão mais profunda das emoções e dualidades individuais das pessoas. Essas áreas se complementam, pois me ajudam a traduzir conceitos complexos em mensagens acessíveis, criando um diálogo sincero tanto no meu trabalho como escritor como terapeuta na busca por autoconhecimento e, assim, poder ajudar mais pessoas.
Você acredita que o crescimento pessoal é um processo contínuo e que sempre haverá novas sombras a serem exploradas e aceitas. Qual é o conselho que você daria a quem está enfrentando crises pessoais e busca crescimento?
Meu conselho é ter paciência e compaixão consigo mesmo. O crescimento pessoal é uma jornada com altos e baixos, sempre teremos sombras para corrigir. Aceite isso como desafios e oportunidades de aprendizado, sem se cobrar por perfeição. Dê um passo de cada vez, reserve momentos de autorreflexão, e não hesite em pedir ajuda quando necessário. O importante é ressignificar seus pensamentos e escolhas, seguir em frente para a transformação acontecer
Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao escrever Liberte-se de crenças que aprisionam! e compartilhar suas próprias reflexões sobre a dualidade com o público?
O maior desafio foi expor minhas vulnerabilidades e experiências pessoais, exigindo coragem para ser autêntico. Revisitar momentos difíceis da minha vida e transformá-los em aprendizado foi desafiador, assim como lidar com o medo do julgamento. No entanto, entendi que ser verdadeiro era essencial para inspirar os leitores e ajudá-los nas próprias jornadas de autoconhecimento.
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