Quase metade dos brasileiros já mentiu sobre estar desempregado para pessoas próximas, de acordo com o LinkedIn
Um levantamento do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, mostra que 45% dos brasileiros já esconderam o fato de estarem sem trabalho para alguma pessoa próxima. Deste total, 55% dizem que mentiram por vergonha e 27% por acreditarem que isso diminuiria as suas chances de conseguir um novo emprego. Apesar deste cenário, 7 em cada 10 concordam que, como consequência dos desafios que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho, há menos estigma negativo associado ao desemprego atualmente.
Metodologia do estudo
O estudo foi realizado com 2.012 brasileiros que ficaram desempregados antes ou como consequência da pandemia de covid-19, pelo Censuswide, entre 28 de outubro e 5 de novembro de 2020.
O estudo, realizado com 2.000 profissionais desempregados no Brasil entre outubro e novembro de 2020, mostra ainda que 49% se sentem em desvantagem em relação a outros candidatos na hora de aplicarem para uma vaga.
“Temos uma forte cultura no Brasil em que o desemprego é, muitas vezes, considerado como uma consequência do desempenho do profissional e não devido à falta de oportunidades do mercado. Por isso, muitos tendem a esconder este fato com receio de não conseguirem se recolocar. O levantamento nos surpreendeu e mostrou a necessidade de mudar este viés inconsciente tanto do ponto de vista do profissional, quanto das empresas. Em outros países, como França e Reino Unido, não ter um trabalho fixo é encarado com mais naturalidade”, afirma Ana Claudia Plihal, Executiva de Soluções de Talentos para o LinkedIn.
Quando perguntados sobre sua situação atual de busca de emprego, 36% dos entrevistados afirmam estarem estressados e preocupados por não encontrar algo novo, 30% estão confusos por não terem retorno das empresas e 17% dizem se sentirem derrotados por terem sido rejeitados nestes processos. Além disso, quase metade (48%) do total já deixou de se candidatar em até 5 oportunidades de emprego que desejavam porque sentiram que não tinham as habilidades necessárias.
Durante este período de desemprego, 41% afirmaram terem feito cursos gratuitos para aumentarem seus conhecimentos, 38% disseram estar trabalhando informalmente e 29% passaram a um formato de freelancer ou emprego temporário como alternativa de renda.
Sobre o LinkedIn
O LinkedIn é a maior rede social profissional do mundo. Estamos presentes em mais de 200 países e contamos com mais de 756 milhões de usuários, sendo deles 49 milhões de brasileiros. Ajudamos a conectar os profissionais do mundo a oportunidades de emprego e a transformar a forma com que as empresas contratam, divulgam suas marcas e vendem. Nossa visão é criar oportunidades econômicas para todos os usuários do mercado de trabalho.