Intervir ou não na economia?
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Enquanto o mundo da política está implodindo, viremos a chave para falar sobre as questões econômicas do país.

Sim, é verdade que o supremo isso e aquilo, que o deputado passou dos limites republicanos, mas agora é o momento de acalmar os ânimos, esfriar a cabeça e olhar pelo bem maior do bolso dos brasileiros, o nosso dinheiro (M1), que por consequência, dá o impulso a nossa economia. Enquanto o sistema de freios e contra pesos da democracia não é ajustado de uma forma com que poderes da república não usurpem competências e não invadam a área de outros poderes, quem paga o pato é a economia que se torna volátil, e essa volatilidade incide no reflexo de falta de investimento e descredito do país com seus investidores domésticos e internacionais, na próxima matéria falarei sobre stakeholders e shareholders.

Na matéria anterior, falamos sobre os “Os impactos da Covid-19 na Economia e no Novo Normal”, se você não fez a leitura, aconselho a ler a primeira matéria do total de sete desta série.

Selamos a última matéria, falando sobre a possibilidade do governo federal, liberar o auxílio emergencial e naquela ocasião fiz a alusão que; “poderia ser um tiro no pé ao mesmo tempo um alívio para a massa da sociedade” tendo em vista a situação econômico e social da população.

O governo federal, insinua projeções e ensaios de aprovar o auxílio emergencial, essa decisão de aprovação, poderá trazer consequências cruciais. Essa nova concessão, faz sujeição de regras amplas, que poderão congelar os salários dos servidores públicos por três anos, essa medida visa amortecer os impactos nas contas publicas, ou seja, será como um centro de custeio de onde tirar o recurso, para aplicar em outro centro de custeio, ou por departamentalização.

Imagem fonte: Google

Na realidade, a equipe econômica de Paulo Guedes, procura autonomia e independência, sem ter que depender do tesouro nacional.

A equipe tem como objetivo, a eliminação do uso do caixa do tesouro, e essa medida tem como ênfase, evitar demissões. O ministério deseja colocá-la em prática ainda neste exercício de 2021.

O programa de manutenção do emprego, foi iniciado em 2020, aqueles que fazem parte da equipe econômica e especialistas externos, veem como indispensável para a manutenção formal de postos de trabalho e no percurso da pandemia essa medida, tinha como efeito, a redução de contratos de trabalho, de 25% a 70%, efeito direto na jornada de trabalho e ainda previa corte proporcional de salários e ainda permitia a suspensão do contrato de trabalho.

Desde que assumiu o governo, o Presidente Jair Bolsonaro, apostou em diversos pacotes para a economia ou engenharias econômicas, igualmente ou próximo a seu antecessor ex- Presidente Michel Temer, a exemplo disto, a liberação para saque de FGTS, ou subsídios para a compra de uma casa, o programa verde e amarelo do governo é um exemplo.

Mas na prática, essas medidas têm resultado na sociedade civil?

Até onde o estado deve interferir na economia?

O neoliberalismo é a mínima ou nenhuma interferência do estado na economia do país.

Já o modelo Keynesiano, acredita que a economia de um estado só funcionará com eficiência com a intervenção do governo, esse é um modelo de John Maynard Keynes.

Se recorremos aos primórdios da evolução histórica, entraremos no debate da teoria de Adam Smith, que acreditava que na economia existia uma “mão invisível”, e que essa “mão” que regia a economia, seria a excelência de todos na sociedade, oferecendo um serviço de excelência, “pois todos somos egoístas e procuramos no mundo econômico sempre o que há de melhor para todos nós”, e que cada um deveria fazer a sua parte.

Imagem Fonte: Google – Alusão a Mão Invisível de Adam Smith

Nos remetendo a teoria de Keynes, para aqueles que não o conhecem, ele é considerado o criador da macroeconomia que tem por objetivo, o estudo do comportamento a curto prazo do desempenho do estado como (nação), da economia no que concerne ao emprego, preços, renda, produção e outras frentes.

Para Keynes, o capitalismo era inerente e instável, então logo nota-se, que o pleno emprego é era uma exceção e não uma regra. 

Então, para alcançar o pleno emprego, somente com a intervenção do estado e a mão invisível de Adam Smith não seria o bastante.

Possivelmente, quando voltamos as questões de desigualdade social, e o que o estado deveria adotar como medidas, encontramos diversos empecilhos que o impedem desde dispositivos jurídicos, até políticos enquanto este debate perdurar a desigualdade social cresce de forma exponencial dentro de uma regência capitalista.

Em 2019, segundo o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil ficou atrás apenas de países africanos quando falamos em desigualdade social, e ocupava a colocação no ranking 79 º já em dezembro de 2020, saíram os novos dados que demonstram que o Brasil passou a ocupar a posição no ranking 84 º internacional no índice de Gini no mesmo IDH.

Imagem Fonte: G1

A pergunta que sempre nos fazemos, é o governo deve ou não interferir na economia? A resposta é:

Depende! Depende dá situação econômica e social do momento, pacotes econômicos, podem ter efeitos pontuais e não como um círculo virtuoso, o governo não deve abraçar a ideia de reagir a cada circunstância do mercado, pois por si só, a economia tem o poder de se reestruturar, incluo a microeconomia fundamental nessa recuperação, e um pouco da mão invisível de Adam Smith, o lançamento de pacotes econômicos, desgasta o mercado no dia a dia criando um círculo vicioso ao invés de virtuoso.

Agora, é o momento do governo como estado, influenciar o mercado positivamente, injetando ânimo na economia, evitando uma escalada de endividamento público, por onde escoa boa parte do recursos públicos, por esta razão não vejo a necessidade crucial, de uma expansão e aprovação do auxilio emergencial, está medida não pode ser usada como; ferramenta de politica eleitoreira, embora seja a favor de politicas públicas mensurar que Paulo Guedes e companhia, fazem um excelente trabalho, senão houvessem, tantos desgastes com a oposição, a equipe econômica deste governo em especial, possui pessoas técnicas e que estão lá porque merecem, não falo de governo, falo de equipe econômica que fique claro. 

Com a chegada da vacina, é o momento ideal para o setor de comércio e os serviços, voltarem a todo vapor, no ano passado eles foram responsáveis de 23% a 30% do PIB, enquanto a indústria, que é mais difícil em sua recuperação teve participação de 21%, fora a geração de empregos formais, tributos federais e etc.

A história do comercio é longa, ela dá impulso a economia e sempre se manteve forte a recuperação, em tempos de Covid-19, é uma das melhores soluções para dar gás econômico.

O comercio, tem sofrido com as portas fechadas, com a redução de carga horária de funcionamento atribuída a pandemia, excelente solução para o governo seria priorização da vacinação ao comércio, não exclusivamente claro, mas pensando pelo bem da economia, esse setor terciário é importante e vale apena a investidura.

A intervenção do governo deve-se pautar em setores específicos e não como absolutistas, meter o pé na porta, a fim de usar uma política pública disfarçada de ou travestida de distribuição de riqueza ou renda, agradar a gregos e troianos.

A equipe econômica do governo, deve ter calma, paciência e manter os olhos abertos, na matéria anterior, eu disse o quanto o governo investe mal e gasta mal, são convenções diferentes.

ROI – Return over Investment, ou Retorno sobre investimentos, no caso do governo seu retorno sobre investimentos é quase zero, ao menos que sejam em títulos federais do tesouro ofertados a investidores no mercado financeiro ou adiquirência em juros interbancários, se ele gasta mal, não terá retorno algum, nem se quer intelectual para novas gerações, por esta razão investir em educação saúde e moradia é tão importante, é essa população, bem estruturada que tornará o mercado competitivo e aquecerá a economia para as próximas gerações.

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