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A Organização Mundial de Saúde – OMS – estima que 300 milhões de pessoas sofrem com a asma no mundo. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde – PNS – do Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – mais de 6,4 milhões de brasileiros acima de 18 anos sofrem com a doença. Segundo o Datasus, o banco de dados do Sistema Único de Saúde, ocorrem no Brasil, em média, 350 mil internações anualmente em decorrência da asma, uma doença que não tem cura. 

Conforme a médica pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira,  a procura por  serviços de emergência por problemas respiratórios aumenta de 20% a 30% nessa época do ano em que a umidade fica baixa. Ela alerta para que os sintomas não sejam subestimados, considerando que os asmáticos não controlados podem piorar com o tempo frio e seco. 

Fernanda, que atende em consultório no centro clínico do Órion Complex, alerta que muitos não dão a devida atenção à doença. “É muito frequente que a pessoa subestime seus sintomas, pois tem épocas que a doença pode ser leve e os sintomas desaparecem e tem momentos em que pode piorar muito, necessitando atendimentos de emergência, e os pacientes muitas vezes só procuram atenção médica na hora das crises”, faz o alerta..

Ela lembra que, dentre os complicadores do novo coronavírus, estão as doenças respiratórias, por isso os asmáticos estão no chamado grupo de risco para a Covid-19. Fernanda Miranda salienta que essas pessoas devem seguir as orientações recomendadas para todos os doentes crônicos. “É preciso restringir o convívio social e, quando possível, desenvolver atividades na forma de home office. Devem ser vacinados contra gripe e pneumonia pneumocócica e seguir as recomendações determinadas pelo Ministério da Saúde em caso de febre e sintomas respiratórios”.

A médica diz que, se for preciso o tratamento da asma pode ser ajustado, conforme recomendações feitas do médico, o que não pode haver é a suspensão dos remédios. “Não se deve suspender nenhuma medicação por conta própria. É preciso evitar lugares fechados e com aglomeração de pessoas, manter-se hidratado, evitar exposição ao ar frio, não fumar e manter seu calendário vacinal em dia”, ressalta a pneumologista.

Os sintomas da asma são falta de ar ou dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, tosse e chiado no peito. “Por serem sintomas comuns a outras doenças, pode ser confundida e haver demora no seu diagnóstico, principalmente quando a pessoa convive com os sintomas não buscando atenção médica. Às vezes os sintomas podem desaparecer sozinhos, mas a asma continua lá, uma vez que não tem cura”.

Fernanda Miranda continua dizendo que alguns momentos a doença pode aparecer com mais frequência. “Esses sintomas variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada e com as atividades físicas”. A médica explica também que existem gatilhos que podem desencadear a doença. “São fatores que quando o asmático é exposto a eles podem piorar muito a asma ou fazer aparecer sintomas como exposição a ácaros, fungos, pólens, pêlos de animais de estimação, fezes de barata, infecções virais, fumaça de cigarro, poluição ambiental e ao ar frio”.

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